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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Prozac Projac

Cuspido em 13/2/2011


Não há remédio que alivie minha dor.
Sem sono, no abandono, desde meu genitor.
Nascido nas lágrimas, jogado nas lástimas.
Morto vivo entre o pranto e as mágoas.
Olho pra janela do mundo.
No drama eu me afundo.
Guiado por um anjo que habita o subsolo profundo.
Com as asas batendo como uma abelha insana.
Vomito e rosno, me debatendo na cama.
Me perco na luz, Jesus não me conduz.
Sozinho, tenho que carregar minha própria cruz.
Sigo o rebanho de ovelhas com dentes de caco de vidro.
Me mordo, me corto e me falha o suspiro.
Coberto com o manto da insanidade.
Percorro por toda a cidade.
Meus olhos ficam cegos ao ver a luminosidade.
Mais um Prozac, uma sessão de Projac e estou pronto pra ir pro Hades.
Quando sair dessas escrituras, desligue a luz e encoste esse portão feito de grades.

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